Adversário do Palmeiras na semifinal do Mundial de Clubes, amanhã (7), no Qatar, Tuca, como é conhecido, é um dos técnicos que há mais tempo comandam a mesma equipe (pelo menos, das ligas nacionais minimamente relevantes internacionalmente).
Ele está à frente do Tigres do México desde julho de 2010 (fora duas passagens anteriores no começo dos anos 2000). Ao longo desta década, conquistou cinco campeonatos mexicanos, foi vice da Libertadores de 2015 e venceu no ano passado a inédita Liga dos Campeões da Concacaf.
A “era Ferretti” é simplesmente o período mais vitorioso da história da equipe mexicana. Nos quase 50 anos de fundação antes da chegada do treinador, o Tigres só havia sido campeã nacional duas vezes.
Tuca já que vive no México há mais de 30 anos e completou seu processo para obtenção da nova cidadania em 2006. Mas por incrível que possa parecer, a cidade natal do comandante do Tigres fica bem distante do território do México.
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O treinador nasceu no Rio de Janeiro. Ferretti passou a infância e a adolescência no bairro do Botafogo, seu time de coração e o primeiro que defendeu como jogador profissional de futebol. O ex-meia também jogou por Vasco, CRB, CSA e Bonsucesso. Em 1977, foi contratado pelo Atlas, mudou-se para o México e se fixou por lá, por onde reside até hoje.
Mas por que um treinador brasileiro com um excelente currículo nunca foi contratado por um clube daqui? A resposta foi dada pelo próprio Tuca em 2015, quando chegou com o Tigres até a decisão da Copa Libertadores.
“Não tenho o menor interesse em ser treinador no Brasil. Não posso estar onde não se respeita o trabalho dos técnicos.”
O vencedor da semifinal entre Tigres e Palmeiras enfrenta na grande final do dia 11 Bayern de Munique, da Alemanha, ou Al Ahly, do Egito, que medem forças na segunda-feira (8).